Capacitação do Ofício Divino da Juventude

O Ofício Divino da Juventude é um instrumento de oração inspirado no Ofício Divino das Comunidades. Traz consigo a herança das comunidades cristãs de fazer orações pela manhã e pela tarde, valorizando a cultura e o jeito do povo falar com/de Deus, com atenção à Vida e à Bíblia como realidades nas quais o Senhor, Criador da Vida, revela-se. Ele pode ser usado na Celebração da Palavra, nos momentos de oração, encontros de formação, nos cultos semanais e dominicais, nas assembléias pastorais, nas reuniões dos grupos de jovens, no sacramento da Confirmação, nas visitas às pessoas doentes, nas celebrações de aniversários, vigílias, etc.

Podemos dizer que o Ofício Divino da Juventude buscou água em três fontes: a primeira delas é a tradição litúrgica da Igreja que, desde o início, teve o costume de rezar com salmos e cânticos bíblicos, fundar a experiência de oração na escuta da Palavra de Deus e apoiar a oração no memorial da páscoa de Jesus. A segunda é a experiência da fé cristã como é compreendida e celebrada na América Latina, especialmente depois de Medellín, com a caminhada das Comunidades de Base, com uma Igreja que faz opção pelos/as pobres e pelos/as jovens... A terceira fonte é a religião popular, com sua raiz índia e negra, com seu jeito simples e oral, com seu estilo afetuoso e seu fervor espiritual...
A oficina foi assessorada por Pe. Alexandre Alves Filho e Josefino de Asti, especialista em liturgia e pároco do Bom Jesus de Curitiba. Ele transmitiu, de maneira agradável, os conteúdos: história, organização e elementos que compõem o Ofício Divino da Juventude, Diálogo Ecumênico e liturgia.
Foram dois dias intensos, vividos em um clima de amizade, partilha e escuta. Os/as jovens tomaram consciência de que as celebrações litúrgicas têm que ser expressivas para as comunidades, vividas intensamente; mas, para isso, precisa-se de conhecimento, preparação e muita atenção aos eventos vivenciados, para que a liturgia possa ser elemento celebrativo da vida com tudo aquilo que ela implica: sofrimentos, alegrias, esperanças e dificuldades, como faziam as primeiras comunidades.
Durante a capacitação, também aconteceu um treinamento para os/as participantes que, após escutarem algumas normas, cantos e se familiarizarem com o ofício, prepararam uma celebração, na noite do sábado, que foi concluída com um teatro apresentado pelo seminarista Wendel, junto com outros/as jovens, e uma bonita confraternização com comida e músicas com o objetivo de mostrar que a mesma fé une diversas igrejas e religiões.
O domingo se prosseguiu com a prática de cantos e várias dúvidas surgiram. Pe Alexandre se mostrou interessado em responder às dúvidas e alertou aos/às jovens a fazerem de suas vidas um constante canto de louvor a Deus, buscando contagiar as suas paróquias e seus grupos e cultivando o espaço litúrgico que reaviva e renova as celebrações para uma constante sintonia entre aquilo que se vive e aquilo que se celebra.

Para refletir:
O Ofício Divino da Juventude é conhecido nas nossas paróquias?
Como é celebrada a nossa fé?
Como espiritualidade é expressa e transmitida por nós, jovens?

Ir. Felicitas J. Santiesteban
Missionária de Maria-Xaveriana
Assessora da Pastoral da Juventude

Fonte: http://www.casadajuventude.org.br/index.php?option=content&task=view&id=2147